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16/09/2016 - PET Biologia comemora 20 anos e homenageia Zelinda


Hoje foi dia de homenagear a história de 20 anos e a contribuição do único programa PET da FURB, vinculado ao curso de Ciências Biológicas, assim como a fundadora local do Programa de Educação Tutorial, a professora Zelinda Maria Braga Hirano, hoje licenciada pré-aposentadoria, mas que promete ser uma “petiana egressa” para todo sempre, após 27 anos como docente da Universidade Regional de Blumenau.
 
Em solenidade de 60 minutos no auditório do bloco T, durante a Semana Acadêmica de Biologia, autoridades e alunos enalteceram os 20 anos de instalação do PET Biologia FURB, reconhecido por sua excelência em todo Brasil, em especial na Capes e no Ministério da Educação, por suas extensas atividades de ensino, pesquisa e extensão.
 
Integraram a mesa de autoridades: o reitor João Natel, o diretor do CCEN, Everaldo Grahl, o pró-reitor de Ensino, Mauro Scharf, a fundadora do programa na FURB, Zelinda Maria Braga Hirano, a interlocutora do PET, Margareth Cassilda da Silva, a tutora atual, Simone Wagner, e a convidada especial, a professora Dra. Ana Maria Bonetti, ex-tutora do PET na Universidade Federal de Uberlândia (MG) e uma das grandes lideranças nacionais que trabalharam oficialmente pela instalação e fortalecimento do programa pelo País, inclusive na FURB, em 1996.
 
PET está forte e amadurecido, diz professora Ana Bonetti
 
Para Ana Bonetti, que foi coordenadora nacional do programa por 15 anos, “consciente de seus direitos e especialmente dos seus deveres, cada petiano está sempre superando as expectativas de todos nós, demonstrando que vale a pena confiar e investir em grupos de alunos bem selecionados e dispostos a entregar o melhor de si, em função de seu próprio desenvolvimento e do crescimento do grupo, transcendendo os objetivos da graduação”.
 
O PET tomou forma de modo irreversível, disse Bonetti. "Está amadurecido e fortalecido como grupo gerador e multiplicador de ideias e como um corpo altamente qualificado no cenário dos diversos campos das ciências biológicas, agrárias, médicas, exatas, humanas. É possível afirmar que o programa PET alcançou os resultados centrais a que se propôs – oferecer uma formação mais completa aos alunos que se destacam nos cursos de graduação – sem isolar esse grupo do corpo da graduação”.
 
Ainda conforme a pesquisadora de Uberlândia, o PET é uma das iniciativas "mais consistentes e produtivas no sentido de estimular os estudantes e melhorar a qualidade do ensino de graduação no País e as relações com a comunidade, principalmente através das ações voltadas para o ensino fundamental e médio".
 
Zelinda promete continuar apoiando
 
A professora Zelinda, que  fundou e coordenou o PET Biologia na FURB nestes 20 anos de existência, até três meses atrás, conviveu bem perto com 103 acadêmicos. É uma apaixonada pelo programa e luta pela sua manutenção e fortalecimento, combatendo junto com o Conselho Nacional contra ações de extinção e cortes de verbas, em Brasília. “O aluno bolsista cresce como acadêmico, como profissional, como pós-graduado, como professor, como gente, que aprende a escutar as demandas, a refletir criticamente e avaliar cenários", afirmou Zelinda, citando-se sua postura acadêmica e profissional antes e pós-PET.
 
Ela agradeceu o apoio dos gestores da FURB na sua coordenação e garante que será eternamente petiana. Mais que isso, será “tutora egressa”, pois “jamais deixarei o PET”, lembrando que quando instalou o PET com quatro alunos numa sala, o dia todo, houve quem falasse que ali estaria se instalando um bando de arruaceiros. “Hoje temos um bando de arruaceiros que produz muito conhecimento e interlocuções com as demandas acadêmicas e da sociedade e é referência dentro e fora da FURB”, disse, orgulhosa.
 
Destaque, também, para a fala da tutora atual, professora Simone, que prometeu dar continuidade ao brilhante trabalho da professora Zelinda. 
 
Reitor anuncia estudos para ampliar PET na FURB
 
Não economizando nos elogios para os componentes da mesa, em especial à professora Zelinda, “orgulho da FURB pelo seu legado”, o reitor João Natel aproveitou para anunciar o que a Gestão Superior tem refletido sobre o tema em termos de políticas futuras, como o compromisso de uma nova resolução que distribuirá, pela primeira vez, atividade docente também para tutoria “e isso veio tendo como modelo o PET FURB”.
 
Natel também destacou outros programas importantes, como o PIBID (quase extinto) e a Empresa Júnior, assim como disse que serão revistas as políticas de concessão de bolsas. Como o PET não precisa ter ligação necessária com o MEC, a intenção e o compromisso é pensar uma política para ampliar o modelo do programa na FURB, beneficiando outros cursos de graduação.
 
Outra demanda importante do curso, em pauta, mas segurada por restrição orçamentária, é o Museu de História Natural que, segundo Natel, será agilizado em 2017, quando a graduação completa 50 anos.
 
Outra demandas estão bem encaminhadas, destacando-se o Parque das Nascentes, o Projeto Bugio e a Funpivi, sendo que para esta última foi vencida uma etapa importante de garantir repasse financeiro da FURB. Porém, o reitor pediu que o curso de Ciências Biológicas envide esforços, em termos de projetos, para a sobrevivência da Funpivi, localizada em Timbó.
 
Ao final, elogiou novamente a postura da professora Zelinda em continuar apoiando os projetos da FURB, mesmo após a aposentadoria. Os aplausos foram efusivos.
 
História da criação do PET na FURB, em 1996
 
Segundo o cerimonial, tudo começou quando a estudante Laiena, do PET da Universidade Federal de Uberlândia, orientanda da Profa. Dra. Ana Maria Bonetti, realizou um estágio no Projeto Bugio com a Profa. Dra. Zelinda. Através da acadêmica, Zelinda conheceu o programa e compareceu no Encontro Nacional dos Grupos PET, durante evento da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), de onde voltou determinada a implantar o programa na FURB.
 
Em 1996, com a abertura de um edital para novos PETs, Zelinda enviou um projeto. Por acaso, a avaliadora CAPES dos projetos era Ana Maria Bonetti, que, já conhecendo o trabalho e a seriedade da professora Zelinda e da FURB, aprovou o programa. Logo em seguida, a própria Ana realizou a vistoria de implementação do PET na FURB, que começou com quatro alunos, depois passou para oito e hoje tem 12 bolsistas selecionados.
Desde o seu estabelecimento, o programa permanece firme, com sucesso, mesmo com as mudanças sofridas e os cortes do MEC. Já passaram por ele 103 acadêmicos. Destes, uma parte seguiu a carreira acadêmica, como a professora PHD Kathryn Ana Bortolini Simão da Silva, que hoje leciona na FURB.
 
Criação no Brasil em 1979
 
O Programa Especial de Treinamento - PET foi criado em 1979 e, esteve durante 20 anos sob o acompanhamento e avaliação da Coordenação de Acompanhamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). A partir do ano 2000, o Programa passou a ser vinculado à Secretaria de Educação Superior - SESu/MEC, e em 2003 passou a se chamar Programa de Educação Tutorial, conforme a legislação.
Publicação: 16/09/2016 - 13h56 - Gabinete da Reitoria/Jornalismo | Foto(s): Michel Ivon Imme Sabbagh

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