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14/02/2017 - Dissertação relaciona "lean manufacturing" e desempenho

A mestranda Graziela dos Santos Bento, do Programa de Pós-Graduação em Administração da FURB, defende sua dissertação nesta quarta-feira, dia 15, a partir das 14 horas, na sala F-101.
 
“Maturidade das práticas de lean manufacturing e sua relação com o desempenho operacional: uma análise sob a ótica dos 14 princípios Toyota” é o título do trabalho.
A Banca Examinadora é composta por: Presidente: Prof. Dr. Gérson Tontini – FURB; Titular: Prof. Dr. Luciano Castro de Carvalho – FURB; Titular: Profa. Dra. Ana Julia Dal Forno – UFSC; Suplente: Prof. Dr. Giancarlo Gomes – FURB.
 
Resumo da dissertação
 
O propósito desta dissertação é examinar a relação entre a maturidade das práticas lean e o desempenho operacional. As práticas foram divididas em oito dimensões: Planejamento Estratégico, Qualidade na fonte, Processos e ferramentas, Resolução de problemas, Pessoas, Melhoria Contínua, Integração de fornecedores e Foco no cliente.
 
Por meio de um questionário eletrônico do tipo survey, profissionais da área de operações de 90 indústrias de transformação catarinenses indicaram a extensão em que 38 práticas lean baseadas nos 14 princípios gerenciais da Toyota está implementada de acordo com cinco graus de maturidade, variando entre 1 – Não implantado ou implantado informalmente até 5 – Implantado, controlado e melhorando continuamente.
 
Os respondentes também assinalaram em uma escala likert de 5 pontos sua percepção em relação a indicadores de desempenho operacional. O instrumento foi testado por meio de análise fatorial confirmatória e os resultados demonstram que o instrumento é confiável para aplicação prática. 69% das empresas pesquisadas encontram-se nos níveis 1 a 3, ou seja, de maneira geral, a aplicação de práticas lean é inexistente ou informal, e quando adotadas, estão em uma fase bastante inicial com implementação em poucas áreas e resultados instáveis. A resolução de problemas e a integração de fornecedores foram as dimensões com o menor nível de maturidade. 
 
Por outro lado, o foco no cliente apresentou a maior maturidade da pesquisa, variando entre 4 e 5, onde as práticas já podem ser consideradas implementadas e com resultados sustentáveis.
 
Além disso, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre as médias de maturidade por segmento, confirmando a hipótese levantada por Womack, Jones e Ross (1990) de que o lean pode ser aplicado a qualquer tipo de empresa.  Em contrapartida, houve diferença entre as médias de maturidade entre pequenas e grandes empresas para a maioria das dimensões.  A relação entre a maturidade das práticas lean e o desempenho operacional foi confirmada como positiva e de forte intensidade com o uso de Modelagem de Equações Estruturais.
 
A partir do nível 4 de maturidade, não é mais percebida diferença estatística no desempenho, o que significa que, após um ano de manutenção dos resultados alcançados, o desempenho torna-se estável. 
 
As principais limitações deste estudo estão relacionadas às dificuldades de obtenção de retorno dos questionários, resultando numa amostra relativamente pequena. Por este motivo, pesquisas futuras poderiam ampliar a amostra para outros Estados brasileiros, além de considerar aspectos relevantes para o sucesso do lean como a gestão de mudanças e a cultura organizacional.
 
Finalmente, o estudo contribui para a ampliação dos estudos científicos nos campos de lean manufacturing e maturidade das organizações, além de trazer contribuições gerenciais ao prover um instrumento para auto-avaliação da maturidade das práticas lean e diagnóstico dos pontos a serem melhorados.
Publicação: 14/02/2017 - 11h22 - Gabinete da Reitoria/Jornalismo | Foto(s): Divulgação

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