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10/05/2019 - “Se faltar o recurso, teremos dificuldades de fazer pesquisas”

Conferencista da aula magna dos cursos de Mestrado e Doutorado da FURB, o professor doutor Arlindo Philippi Junior, da Universidade de São Paulo (USP) e ex-diretor da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) alertou sobre a necessidade de recursos financeiros para as pesquisas científicas realizadas nas universidades brasileiras. Durante esta quinta-feira, 10 de maio, ele reuniu-se com pesquisadores da universidade, conversou com gestores e à noite proferiu a palestra “Perspectivas do Sistema Nacional de Pós-Graduação”.
Sobre o anúncio feito esta semana pelo Governo Federal referente ao bloqueio de recursos para Mestrados e Doutorados, o ex-diretor da Capes acredita que “este provável contingenciamento não deva afetar a concessão de bolsas porque são programas que já existem, todos aprovados. Já tivemos outros momentos de contingenciamento, mas nunca as bolsas foram afetadas”. Arlindo Philippi entende que é preciso saber melhor do que trata a medida governamental para falar concretamente, que é cedo para falar, mas que “provavelmente a Capes deve fazer alguma coisa”.
“Temos que lembrar que ciência é um investimento. Não é despesa para o país”, defendeu o pesquisador da USP, afirmando que o Brasil necessita da ciência para se desenvolver. “Se faltar o recurso, teremos dificuldades de manter laboratórios, de fazer pesquisas, algo que trará prejuízos maiores para a nação”, avaliou.
Arlindo Philippi Junior falou sobre o tema em entrevista exclusiva para a FURB TV, momentos antes de proferir a aula magna dos cursos stricto sensu da Universidade. Ele lembrou que no Brasil há cerca de seis mil cursos de pós-graduação abrangendo todas as áreas do conhecimento, 60 mil professores e 260 mil estudantes matriculados no sistema. São milhares de pessoas a serviço de identificar problemas e tentar buscar soluções para melhorar a sociedade. “Nossas pesquisas atendem demandas como identificação e caracterização, de forma científica, de problemas de uma cidade, de uma região”, resumiu, para justificar que uma ciência embasada pode apontar soluções com bases sólidas.
Só na pós-graduação da FURB, são oferecidos 12 cursos de Mestrado, 4 de doutorado e vários outros de Especialização. Durante a passagem pela Instituição, Arlindo Philippi participou de reunião de pesquisadores conduzida pela Pró-reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação, Extensão e Cultura (Propex).
A aula magna com mais de 200 pessoas foi realizada no auditório do bloco T. O palestrante enfatizou que “é a partir destas pesquisas feitas na pós-graduação que conseguimos responder questões da própria sociedade que exigem conhecimento e busca de soluções científicas. E, dependendo do suporte dado pelo Governo Federal e pelas entidades empresariais, temos a possibilidade de avançar com maior ou menor velocidade nestas pesquisas”.
O pesquisador Arlindo Philippi Junior atua no Instituto de Estudos Avançados da USP, com o projeto experimentações urbanas na perspectiva de novas ideias e soluções sustentáveis para cidades. Foi finalista do Prêmio Jabuti em seis edições, tendo recebido o segundo lugar na categoria Educação, com a obra “Interdisciplinaridade em Ciência, Tecnologia e Inovação”, em 2011; o 3º lugar na categoria Ciências Naturais, com a obra "Gestão do Saneamento Básico: Abastecimento de água e esgotamento sanitário", em 2014; o 1 º lugar na categoria Educação e Pedagogia com a obra "Práticas da Interdisciplinaridade no Ensino e Pesquisa”, em 2016.
Acompanhe nos vídeos abaixo a entrevista exclusiva no estúdio da FURB TV. A equipe de reportagem também acompanhou o evento. Acompanhe nos vídeos abaixo.
Publicação: 10/05/2019 - 13h46 - Central Multimídia de Conteúdo/Jornalismo | Foto(s): Cyntia Bailer
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