ARQUIVO DE NOTÍCIAS
23/10/2019 - Projeto investiga saúde das árvores na Universidade

A FURB é rodeada pela beleza do verde das árvores, que em dias de sol trazem sombra para quem caminha no campus e são importantes para a saúde humana e o meio ambiente. Mas, e as árvores do campus, como estão de saúde?
Uma pesquisa iniciada no ano passado pela então aluna Joice Rezini, hoje engenheira florestal, está avaliando a saúde das árvores na Universidade. O estudo começou a ser feito pelo campus 2, onde a pesquisadora identificou algumas árvores que, mesmo com uma boa aparência, correm o risco de rachar no meio devido a linhas de ruptura internas e terão que ser suprimidas. “Com o levantamento feito no ano passado para o meu TCC, aqui no campus 2, a gente viu que tem mais de quinze árvores para serem eliminadas. Das 202, aproximadamente, que a gente tem no campus, oitenta e seis foram avaliadas conforme os parâmetros que decidimos utilizar e, dessas, entre quinze a vinte vão ser retiradas”, explica a engenheira.
Este ano, a Ada Barbosa, estudante de Ciências Biológicas, decidiu continuar o trabalho, desta vez pelo campus 1. Desde o início do semestre ela vem fazendo o levantamento e para este trabalho conta com a ajuda do mestrando em Engenharia Florestal da FURB, Adam Gonçalves. Assim como Joice, para fazer o diagnóstico eles utilizam um tomógrafo de impulso, um aparelho que serve para verificar a saúde da árvore. O processo inicia com a fixação de sensores na árvore que será avaliada. “Esses sensores vão captar a propagação das ondas mecânicas dentro do interior da árvore e essas ondas estão correlacionadas com a densidade da madeira, ou seja, na parte da madeira em que a densidade estiver alta, as ondas vão se propagar em uma velocidade maior do que onde a densidade da madeira estiver baixa e onde as ondas vão se propagar com menos velocidade. Ao medir a densidade, os sensores transmitem a imagem ao tomógrafo e nessa imagem a gente consegue avaliar em que ponto interno da árvore está a perda de densidade. Esta perda pode ser causada pelo apodrecimento da madeira ou algum dano no interior da árvore e o resultado do exame indica se a árvore tem risco de queda futura ou não”, explica Adam.
E não há o que fazer, quando o tomógrafo indica uma perda de densidade grave, as árvores precisam ser suprimidas. Com o auxílio dos estudantes, até o final deste ano um projeto não só de substituição, mas de ampliação dos espaços verdes, em princípio no campus 2, deve ficar pronto e a previsão é que as ações de arborização comecem no ano que vem.
“Para que a gente não só faça uma substituição adequada dessas árvores, mas inclusive uma ampliação do espaço de arborização aqui do campus. Visto que, quanto mais você tiver um ambiente arborizado e com uma boa vegetação e adequado ao espaço, mais agradável ele é, além da questão da sustentabilidade, que também é um aspecto importante. Com isso, a gente qualifica ainda mais o espaço físico aqui do campus 2”, explica o Diretor do Centro de Ciências Tecnológicas (CCT) da FURB, Fábio Perez.
O professor de Engenharia Florestal da Universidade, Marcelo Vitorino, ressalta ainda outras melhorias que o projeto de arborização irá trazer: “o projeto traz alternativa de plantio de novas árvores, de espécies adequadas, de formas adequadas de plantio, muitas árvores estão aqui com problemas porque elas não foram plantadas de forma correta no passado. Então a gente quer resolver isso e, no futuro, com o diagnóstico da qualidade da arborização do campus 1, propor um projeto de arborização para aquele campus também” comenta.
Segundo o professor, a arborização urbana é uma das áreas de atuação dos engenheiros florestais que merece ser valorizada. “As pessoas olham as árvores lindas e maravilhosas produzindo flores e acham que está tudo bem, na verdade muitas vezes elas estão produzindo muita flor justamente porque estão estressadas. Muitas vezes as pessoas esquecem que a árvore precisa de nutrição, espaço para crescer, que ela tem local adequado, espécie adequada, precisa de luz, sombra. Então tudo isso o profissional da engenharia florestal aprende para saber como fazer essa manutenção. O que a gente espera é que esse projeto sensibilize as prefeituras da região para olharem também para esta questão, da arborização urbana”, ressalta Vitorino.
Publicação: 23/10/2019 - 12h02 - Central Multimídia de Conteúdo/Jornalismo | Foto(s): CMC
Outubro/2019 (alterar)
31/10/2019
- Estudante traz medalhas do brasileiro de natação
- Grupos de pesquisa sobre infância e adolescência se reúnem na FURB
- Mestrado de Educação conta com Daniel Lins em banca
- Equipe feminina de natação termina JUBs em terceiro
- Projeto de extensão promove educação alimentar em escola
- Projeto investiga saúde das árvores na Universidade
- Medidas permitem atuação docente flexibilizada em 2020