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ARQUIVO DE NOTÍCIAS


19/11/2019 - História lança coletânea sobre trajetórias do século XVII ao XX


O curso de História da FURB e o Centro de Memória Oral e Pesquisa (Cemope) da Universidade lançam nesta quarta-feira, 20 de novembro, às 19 horas, a coletânea Passados impressos: estudo sobre a circulação de ideias (século XVII-XX). O lançamento da obra inicia com uma mesa redonda composta pelos professores André Carlos Furtado, Thiago Lenz e Cristina Ferreira, realizada no auditório da Biblioteca Universitária, no campus 1 e aberta à comunidade.
 
Em seguida, será feita a apresentação oficial do site do CEMOPE e o lançamento da coletânea, que estará à venda no valor de R$30,00.
 
Traz a sinopse da obra que ao refletir sobre o papel da tipografia e da prensa em diversas esferas sociais – da Era Moderna ao tempo Contemporâneo –, a coletânea Passados Impressos: estudos sobre a circulação de ideias (séculos XVII-XX) reúne trabalhos relativos aos temas da cultura escrita, apropriações, economias de leituras, gênese da autoria, materialidade dos textos e recepção de mensagens nas Américas. Desse modo, entre os vários significados da palavra “circulação” utilizados no trabalho, acham-se incluídos os sentidos de marcha contínua, deslocamento, fluxos de bens, pessoas, mercadorias e valores com poder de troca, propagação de notícias e assim por diante, consubstanciados por agentes e instituições.
 
Assim, o intuito do livro consiste em despertar o interesse pelo trânsito de sujeitos que, para além de registrarem seus pensamentos, integram suas histórias de resistência ao tempo. A Parte I da coletânea: As sociedades de corpos e o Antigo Regime letrado aborda histórias relativas aos registros de personagens como José Mariano da Conceição Veloso (1741-1811), Dom Francisco Inocêncio de Sousa Coutinho (1726-1780), José de Gumilla (1686-1750), António Vieira (1608-1697), Francisco Torres (1750-1812) e Dom Vasco de Mascarenhas (1605-1678).
 
A Parte II, Os debates da esfera pública e a paulatina diferenciação disciplinar reúne personagens como José de Alencar (1829-1877), Ladislau Netto (1838-1894), Joaquim Nabuco (1849-1910), Rachel de Queiroz (1910-2003), Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982) e Noé Mendes de Oliveira (1940-1990).
 
Mesa redonda com especialistas
 
Thiago Lenz é graduado em História pela FURB e foi bolsista de Iniciação Científica na Universidade durante três anos. Segundo ele, o refinamento do olhar do historiador não se encerrou na graduação, tornando-se uma atividade constante, com a participação nos eventos promovidos pelo curso de História e também os seminários de pesquisa coordenados pela professora Cristina Ferreira no Cemope. Na coletânea, é autor do capítulo A Confederação dos Tamoios, de Gonçalves de Magalhães, e as polêmicas literárias com José de Alencar sobre a natureza e os povos indígenas do Brasil (1856). “O capítulo é  resultado dos debates intelectuais com a professora Cristina Ferreira, com bases teórico-metodológicas que demonstram claramente a força da pesquisa a trajetória do professor-pesquisador de História”, afirma Thiago, que hoje é professor de História na rede estadual de educação, além de pesquisador do Cemope e integrante do Alumni FURB, o programa de benefícios para egressos da Universidade.
 
Outro convidado para a mesa redonda é André Carlos Furtado, licenciado e bacharel em História pela Universidade Regional de Blumenau (FURB), Mestre e Doutor na mesma área pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com estágio na École dês Hautes Études em Sciences Sociales (EHESS/ Paris) e bolsa da Coordenação de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Autor de As edições do cânone (EDUFF, 2016) e vencedor do “Premio Internacional de Historia Intelectual”, concedido pela Asociación Europea de Historiadores Latinoamericanistas (AHILA). Integra os laboratórios Escritas da História: Historiografias do Sul (Escritas UFF), o Núcleo de Pesquisa e Estudos em História Cultural (NUPEHC / UFF), o Centro de Estudos do Oitocentos (CEO / UFF), o Centro de Memória Oral e Pesquisa em História (CEMOPE / Fundação Universidade Regional de Blumenau - FURB) e o Grupo de Ensino e Pesquisas Americanistas (GEPAm / Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará - UNIFESSPA). Atualmente realiza pós-doutorado (UFF) com bolsa da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).
 
Cristina Ferreira é professora efetiva das disciplinas de História do Brasil Imperial e Republicano; Prática de Pesquisa Histórica I e II e Projeto de Pesquisa em História na FURB, autora do livro Contrastes e prazeres da sociabilidade dos trabalhadores têxteis de Blumenau (1958-1968), publicado em 2018. Coordenadora do Centro de Memória Oral e Pesquisa (Cemope). Graduada em História pela FURB; Mestre em História pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Doutora em História pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Tem experiência na área de História do Brasil, com especialidade em História Social e Política, com ênfase nas temáticas concernentes às culturas política e histórica, história social da cultura e do trabalho na Ditadura Civil-Militar, História e Literatura no séc. XIX e a mitificação de D. Pedro I no Sesquicentenário da Independência do Brasil (1972) e Historiografia Brasileira.
Publicação: 19/11/2019 - 14h11 - Central Multimídia de Conteúdo/Jornalismo | Foto(s): CMC

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