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23/10/2019 - Medidas permitem atuação docente flexibilizada em 2020


Os setores administrativos da Universidade Regional de Blumenau começaram a organizar a efetivação das medidas aprovadas pelo Conselho Universitário (Consuni) na segunda-feira, dia 21 de outubro. O pró-reitor de Ensino, Romeu Hausmann, analisa que além de impactos visando economia na instituição, como a restrição de novas contratações, outros pontos positivos devem ser considerados. É o caso da ampliação da atuação docente interdepartamentos e valorização das atividades de ensino com alocação de horas. O pró-reitor de Pesquisa e Extensão (Propex), Oklinger Mantovaneli, por sua vez, acredita que o estímulo a fomento externo para pesquisa e extensão, permitirá abertura para demandas da comunidade, fortalecendo vocações que historicamente foram construídas na instituição, mas que sofreram represamento.
 
A nova resolução será publicada nos próximos dias para vigorar a partir do dia 5 de dezembro. Por isso, uma das rotinas acadêmicas da Universidade que é a distribuição de disciplinas nos departamentos terá planejamento integrado com a Divisão de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas (DGDP). Normalmente os departamentos aos quais estão alocados os cursos indicam professores para o semestre letivo seguinte e solicitam substitutos quando os professores efetivos já possuem carga horária de trabalho completa. A partir de agora, as disciplinas sem indicação de docente do quadro poderão ser ministradas por professores de outros cursos da instituição, desde que tenham formação compatível. 
 
O processo de distribuição das disciplinas continua sendo efetuado pelos departamentos. O pró-reitor Romeu Hausmann informa que os próprios chefes de departamento podem buscar profissionais com formação adequada antes de encaminhar os pedidos de contratação de professores substitutos para a DGDP.
 
Como o calendário para indicação de disciplinas e composição dos horários é apertado no fim de ano, a DGDP deve divulgar uma instrução normativa nos próximos dias para orientar os passos e permitir que os professores interessados possam ampliar a atuação. As vagas serão divulgadas internamente.
 
Além da mobilidade interna, a resolução permitirá que os docentes de tempo integral na instituição proponham, como parte de suas atividades, projetos de ensino que integrem diferentes disciplinas, a produção de material didático para educação à distância e outras atividades que qualifiquem os cursos da Universidade.
 
Áreas estratégicas
 
O diretor do Instituto Furb, Christian Krambeck, tem a expectativa de que a partir das novas medidas começa um novo tempo de abertura da comunidade acadêmica e científica para o foco em estratégias que são de interesse interno, da comunidade acadêmica, mas também da sociedade, das empresas, indústrias, mercado, da comunidade em geral. “´É nesse sentido que o Instituto  tem trabalhado, aglutinando temas, cursos e ações, em torno de áreas estratégicas: Cidade e Sustentabilidade, Educação, Economia Criativa, Engenharia e Tecnologia, Impacto, Negócios, Saúde e Energia”. 
 
Segundo Krambeck, com planejamento integrado e conectado com o entorno, é possível cooperar e trabalhar em rede para que com as áreas temáticas definidas e eventualmente outras, sejam organizados ecossistemas específicos da cadeia econômica, “para serem referência dos pesquisadores, dos professores, extensionistas, para organizarem projetos de extensão, pesquisa e serviço, para o desenvolvimento do conhecimento e inovação como um todo.”
 
Nesse sentido, o pró-reitor de Pesquisa e Extensão, Oklinger Mantovaneli, falou sobre as vocações regionais que a FURB deve fortalecer. Citou, por exemplo, a área ambiental, cujas parcerias são fundamentais para que a instituição possa oferecer respostas em momentos de crise. Sobre a situação momentânea de falta de recursos para pesquisas sem fomento, entende que o estímulo e direcionamento para demandas estratégicas representam potencial para transformar o presente, consolidando aquilo que faz parte da vocação reconhecida e abrindo espaço para projetos novos. Ele observa que ainda é desproporcional o investimento universitário frente às demandas da sociedade e que as novas medidas podem dar um choque positivo para alteração desse quadro. “Antes tínhamos cortes sem a busca de recursos, agora estamos em um movimento pró-ativo”, concluiu, ao exemplificar com as estratégias direcionadas pelo Instituto FURB. “A responsividade e as tecnologias sociais são, hoje, atributos de resiliência das instituições comunitárias e de IES como a FURB. Não temos alternativa quanto a isso. Ou aprofundamos nossa capacidade de operar respondendo às demandas que nos justificam, da região que nos abriga ou perdemos nossa legitimidade social. Por isso precisamos voltar a atuar de modo preponderantemente vocacionado", afirmou.
Publicação: 23/10/2019 - 10h16 - Central Multimídia de Conteúdo/Jornalismo | Foto(s): CMC


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