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04/02/2021 - Pesquisas sobre educação inclusiva revelam barreiras


Em um país onde, de acordo com dados do Censo da Educação Superior de 2018, apenas 0,5% dos 8,45 milhões de estudantes possuem alguma deficiência, o assunto da inclusão social dessas pessoas no ambiente acadêmico ainda tem muito o que avançar. Na Universidade Regional de Blumenau a professora do Programa de Pós-Graduação em Educação, Andrea Soares Wuo, coordena pesquisas sobre a educação inclusiva dos estudantes, mas sob a perspectiva das próprias pessoas com deficiência, não apenas sob a visão de professores ou da família dos estudantes.
 
Entre os estudos do Programa está a pesquisa intitulada "Inclusão de pessoas com deficiência na educação superior: o ponto de vista dos estudantes", que tem como objetivo compreender a realidade e os desafios que esses estudantes enfrentam no ambiente acadêmico com base em uma abordagem social da deficiência.
 
A estudante do curso de Medicina da FURB e bolsista da pesquisa, Bruna Paganelli, comenta que o mundo não é inclusivo como muitas pessoas imaginam, que não é porque algumas estruturas são adaptadas que exista um processo inclusivo. Segundo Bruna, “a gente só dá atenção quando é com a gente”, e que isso não pode ser assim, que as pessoas precisam participar do processo inclusivo.
 
Outro desses estudos produzido no Mestrado em Educação da FURB procurou apurar as ações utilizadas pelas pessoas com deficiência para superar as barreiras na instituição de ensino. Segundo a autora do trabalho, Mara Rubian Matteussi, que é intérprete de libras, o interessante, e que também acabou virando o achado da pesquisa, foi que ao invés de os estudantes relacionarem a superação às estratégias, eles relacionaram às pessoas. “Nós concluímos que foi por conta dos apoios que esses estudantes conseguiram superar as barreiras, se manter estudando e ter êxito na educação siuperior”.
 
Na FURB todos os estudantes com algum tipo de deficiência, seja ela física, auditiva, visual, intelectual ou múltipla têm o direito de solicitar assistência dentro da Universidade. Para isso, basta sinalizar a condição no momento da matrícula e procurar a Coordenadoria de Assuntos Estudantis (CAE) da FURB.
 
Segundo a coordenadora da CAE, Lucymara Valentini Borges, entre os projetos e programas da coordenadoria está o serviço de Atendimento Educacional Especializado (AEE), que proporciona aos estudantes com deficiência professores especializados, intérpretes de libras e profissionais de apoio. A FURB, através desse atendimento, analisa as demandas de cada aluno e faz adaptações, de materiais até o mobiliário.
 
As informações estão na reportagem da FURB TV. 
Publicação: 04/02/2021 - 18h35 - Central Multimídia de Conteúdo/Jornalismo | Foto(s): CMC

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