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Reeleito para mais um mandato à frente do Centro de Ciências da Saúde, Cláudio Guimarães, 47 anos, tem um grande desafio pela frente: defende a cooperação como eixo principal de atuação. “Cooperação entre chefe de departamento, coordenador de curso, servidores, centros acadêmicos e gestão superior. Não adianta eu querer alguma coisa, se o coletivo não quiser”, diz, explicando a defesa. E é nessa linha que ele, juntamente com o vice-diretor eleito, José Carlos Grando, pretendem agir. Nesta conversa com o FURB Notícias, Guimarães fala dos seus planos e dos desafios para o próximo mandato:

Esta é a terceira reportagem da séria com os diretores eleitos. A primeira foi com a professora Rita Rausch, do CCEAl. A segunda, com a professora Márcia Espíndola, do CCT. 

 

Cláudio Guimarães: O principal plano chama-se cooperação. O que é isso? É ouvir os setores e categorias, propor as ideias e discuti-las. A partir daí ver qual a melhor forma de viabilizar. Não adianta somente eu alguma coisa, se o coletivo não quiser. Precisamos conversar. O CCS vem crescendo e os conflitos existem. Mas não tem conflito que não possa ser resolvido.

FURB Notícias: Quais conflitos o senhor se refere?
Cláudio Guimarães: A insatisfação muitas vezes ocorre pelo fato da falta de compreensão do “comprimento do cobertor” da FURB. Hoje, por exemplo, somos o Centro que tem a maior receita. E este dinheiro não fica no Centro na sua integralidade. Temos que entender que a FURB é uma família e temos que dividir este valor entre os locais que não têm fonte de renda.

FURB Notícias: E isto chega a ser uma frustração para o senhor enquanto diretor?
Cláudio Guimarães: Não. Precisamos saber usar este cobertor da melhor maneira. Sabemos que a Universidade é um coletivo. Não podemos ser egoístas. Sabemos que a Biblioteca, a Divisão de Registro Acadêmico (DRA) e a Divisão de Administração do Campus (DAC), por exemplo, precisam da ajuda dos centros. E nós precisamos deles.
 

FURB Notícias: Qual será a prioridade do Centro neste segundo mandato?
Claudio Guimarães: O grande desafio que me propus é implantar o trabalho multidisciplinar. Tenho consciência que isso não conseguirei concluir na minha gestão, mas estou começando aos poucos. Quero implantar a interdisciplinaridade visando à convergência entre as diferentes profissões. Ou seja, promover a integração entre os cursos, para que os acadêmicos saibam que precisam da ajuda de outros cursos. Para isso, no ano passado, promovemos o I Fórum de Ensino da Saude. Para 2015, queremos desenvolver o II Fórum e também o I Fórum Interdisciplinar de Extensão e Pesquisa do CCS.

FURB Notícias: E no Centro, propriamente dito, pretende adotar alguma medida administrativa diferente?
Cláudio Guimarães: Precisamos rever os processos administrativos tanto no CCS quanto na FURB. Há processos arcaicos. Há muita burocracia. A ideia, por exemplo, é que se crie um almoxarifado virtual para que saibamos de fato controlar estoques nos laboratórios.

FURB Notícias: Atualmente, o CCS possui em sua grade11 cursos. Destes, dois foram criados por iniciativa e defesa sua. Tens intenção de criar mais algum?
Cláudio Guimarães: Desde o ano passado, estamos discutindo a viabilidade de implantação de um Bacharelado em Saúde Coletiva. Sou o presidente desta comissão. Minha intenção é apresentar um estudo ate o mês de setembro e leva-lo para apreciação no Conselho Universitário (Consuni). Também gostaríamos de incentivar dois novos mestrados: Motricidade Humana e Fisiopatologia.

FURB Notícias: Apesar de não ser administrado pelo Centro, o Complexo da Saúde (Hospital e ambulatório da FURB) estão diretamente relacionados ao Centro. É lá que os muitos acadêmicos têm aulas, supervisionadas por profissionais. Qual sua opinião sobre o Complexo?
Cláudio Guimarães: O Campus 5 vai fortalecer a região da Fortaleza da mesma forma que o Campus 1 trouxe impactos econômicos positivos para as redondezas da Rua Antonio da Veiga. O que precisamos definir primeiro e o que queremos daquele espaço? Atendimento a população, pesquisa e extensão? Temos que planejar a ocupação daquele lugar de forma racional e organizada. E este estudo a Coordenadoria de Planejamento (Coplan) esta fazendo e elaborando o Plano Diretor do Campus 5. A partir daí podemos ter uma dimensão do que podemos esperar daquele espaço e viabilizar as ações.

 

Cláudio Guimarães
Iniciou os trabalhos na FURB em 1992. É farmacêutico e bioquímico. Mestre e Doutor em Farmacologia pela UFSC. Foi o responsável pela implantação do Curso de Farmácia na FURB, em 1998, e também pelo Curso de Biomedicina, em 2012. Atualmente é o presidente da comissão que analisa a viabilidade de criação do Curso de Bacharelado em Saúde Coletiva. É o atual diretor do Cento de Ciências da Saúde, cargo para o qual foi reeleito.

José Carlos Grando
Professor Mestre do quadro da FURB. Possui Pós-Graduação em Gestão Universitária pela Unicamp/Universidade de DENVER (EUA). Foi pró-reitor de Extensão e Relações Comunitárias. Durante oito anos ocupou o cargo de diretor da Editora FURB (Edifurb). Atualmente, é chefe do Departamento de Educação Física.