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20/08/2014 - Educação Permanente cria sabão com óleo de cozinha usado


Uma forma diferente de salvar o planeta e, ainda, ajudar na difícil limpeza doméstica. A receita familiar de sabão caseiro de Inedy de Souza, aluna do Programa de Educação Permanente (PROEP) da FURB, agora é matéria-prima para uma nova atividade de reciclagem e conscientização do Grupo de Estudos em Educação Ambiental (GEEA) do Programa. A fabricação de sabão, derivado da reutilização de óleo de cozinha usado, começa a dar os primeiros resultados e se tornará, em breve, em mais uma das atividades desenvolvidas pelo Grupo.

Nesta quarta-feira (20 de agosto) pela manhã, o Grupo se reuniu pela segunda vez para preparar o sabão. E a experiência contou muito nesta hora. A receira veio de Inedy, de 69 anos. Com apenas o ensino fundamental completo, ela faz sabão caseiro há cerca de 20 anos, tendo como base uma receita que vem de gerações. “Minha avó já tinha o costume de fazer sabão em casa. Naquela época era muito comum usar gordura animal para as receitas. Com o passar do tempo, fomos trocando o sebo por óleo de cozinha usado, que dá o mesmo efeito. A única coisa que não mudou foi o perigo de mexer com a soda cáustica, só que atualmente estamos bem mais preparados”, diz.
 
A receita de Inedy passou de simples forma de economia e reciclagem para uma nova maneira de reflexão sobre a sustentabilidade e o reaproveitamento de materiais. “As amigas ficavam interessadas no sabão e, certo dia, sugeri à Marlene (da Silva) se poderíamos fazer o produto dentro do Grupo, e agora estamos experimentando receitas para melhor transmití-las em nossas visitas a escolas e condomínios”, afirma.
 
Próximos passos
 
O sabão produzido pelos membros do GEEA é especial para limpeza pesada, como banheiros, cozinhas, louça, além de também ser útil para a lavagem de roupas brancas. Com cinco litros de óleo usado e filtrado é possível fazer 36 barras do produto. Nem mesmo o molde do sabão escapa da reciclagem. Para isso, são usados materiais como caixas de leite, de suco e até copos descartáveis.
 
Segundo a coordenadora do Grupo, Marlene da Silva, os próximos passos da atividade é acertar a matriz padrão de produção do produto no sentido de facilitar as demonstrações em condomínios e escolas parceiras. “Não temos a intenção de vendê-lo. Nossa proposta é passar adiante nossos conhecimentos, a inspiração, mostrar que é possível economizar usando materiais que, à primeira vista, não parecem ter destino”, diz.
 
Além de aperfeiçoar o sabão, o Grupo ainda pretende, juntamente com o curso de Química da FURB, desenvolver outros derivados, como sabão líquido, sabonete e detergente. No entanto, o que fica de aprendizado desta atividade de Educação Ambiental é a boa e velha lição de que o que parece lixo pode sim, ser um produto que gere economia, qualidade de vida e, ainda, ajude a salvar o planeta. “Somos inquilinos da Terra, uma parte de um todo que precisa abrir a mente e compreender que pode-se sim reutilizar recursos que muitas vezes são meramente vistos como descartáveis. Nossa função é essa, ensinar que é possível reaproveitar, reciclar, dar um destino fazer nossa parte para cuidar do planeta”, afirma Marlene.
 
E, para Inedy, que segue passando adiante a ideia de economizar na limpeza da casa e, de quebra, preservar o meio ambiente, fica um sonho que pode um dia se tornar uma fantástica realidade. “Muitos não sabem como é bom fazer isto que procuramos ensinar. Quem sabe um dia chegaremos num ponto onde tudo pode ser reciclado, e onde todos reciclem”.
 
O GEEA
 
O Grupo de Estudos em Educação Ambiental (GEEA) é parte das atividades do Programa de Educação Permanente (PROEP) da FURB. Entre as atividades, como a produção de sabão e a oficina de materiais reciclados, está também a conscientização sobre os cuidados com o meio ambiente e a preservação de seus recursos naturais.
 
As ações do GEEA são promovidas em condomínios e escolas parceiras e envolvem, além da reciclagem, métodos de cultivo de plantas e produção de adubo, como a compostagem aérea (com o reaproveitamento do chorume) e horta orgânica. Entre os projetos desenvolvidos pelo Grupo estão coletas seletivas em condomínios de Blumenau, ações de educação ambiental em escolas da rede municipal de Ilhota e outras mais.
 
Entidades parceiras do GEEA:
 
- Fundação Municipal do Meio Ambiente (FAEMA)
- Secretaria Municipal de Educação de Blumenau (SEMED)
- Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae)
- ONG Focinho Feliz
- Condomínio Agulhas Negras
- Administradores de condomínios Metrópole
Publicação: 20/08/2014 - 14h00 - Gabinete da Reitoria/Jornalismo | Foto(s): André Luiz Bonomini/Estagiário

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