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21/07/2014 - Ciências da Religião arrecada doações para índios


As cheias do Rio Hercílio no mês de junho têm causado inúmeros prejuízos às famílias indígenas residentes na Terra Indígena Xokleng-Laklãnõ, localizada nos municípios de José Boiteux, Doutor Pedrinho, Itaiópolis e Vitor Meireles. Entidades como o Conselho de Missão entre Povos Indígenas (Comin), órgão da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), se solidarizam com a situação dos indígenas e promovem campanhas de doação de mantimentos, roupas e cobertores às vítimas dos alagamentos na região.
 
Aliada à campanha promovida pelo Comin, o curso de Ciências da Religião da FURB, juntamente com o Grupo Ethos, Alteridade e Desenvolvimento (GPEAD) da Instituição, estão desde o dia 9 de junho arrecadando doações para as famílias indígenas. Até o momento, roupas (principalmente para crianças), alimentos não perecíveis, cobertores e produtos de higiene pessoal e de limpeza são os itens de primeira necessidade e que estão sendo recolhidos internamente entre os membros do Grupo e os acadêmicos do curso.
 
“A adesão dos acadêmicos, professores e pesquisadores têm sido grande e muito importante para a campanha, pois através deles conseguimos outras parcerias com supermercados na arrecadação de doações”, ressalta a coordenadora do curso de Ciências da Religião, Simone Riske Koch.
 
História antiga
 
Desde o início da construção da Barragem Norte, em 1972, os impactos das cheias nas áreas alagadiças do complexo têm causado sofrimento e preocupação das mais de 600 famílias que vivem nas nove aldeias da Terra Indígena, sendo oito de etnia Xokleng-Laklãnõ (Sede, Barragem, Palmeira, Figueira, Coqueiro, Toldo, Pavão e Bugio) e uma Guarani (Takuaty).
 
Mesmo com a conclusão da barragem, em 1992, o território indígena vive sobre um clima tenso, entre o receio de novas chuvas, protestos e promessas não cumpridas de convênios, tratativas e indenizações dos órgãos públicos responsáveis. Nas últimas cheias de 2014, quatro aldeias ficaram isoladas, sete tiveram seu abastecimento de água interrompido, casas foram evacuadas com risco de deslizamento e um desmoronamento foi registrado, além das dificuldades de acesso das crianças as escolas da região por conta dos danos causados nas estradas do entorno.
 
A professora Simone Riske Koch ressalta que “a ajuda destinada aos indígenas chega em boa hora no local. Passado um bom tempo das cheias a situação ainda permanece precária mesmo sem cheia e a campanha não pode parar”.
 
Segundo ela, uma das dificuldades ainda hoje enfrentadas é a resistência de muitos com relação ao assunto, “Não são apenas as batalhas judiciais, o problema é a forma preconceituosa que os povos indígenas  ainda são  vistos em nossa região, já há muito tempo. Isso causa uma resistência de quem poderia ajudar também”, diz.
Publicação: 21/07/2014 - 09h37 - Gabinete da Reitoria/Jornalismo | Foto(s): Divulgação

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